domingo, 1 de novembro de 2009

Subependimoma

Definição: Tumor ependimário altamente fibrilar, bem delimitado e diferenciado, considerado grau I segundo a OMS. Descrito originalmente por Scheinker em 1945. Incidência real é desconhecida por serem raros e freqüentemente assintomáticos.
Origem: Discute-se entre natureza ependimária e astrocitária. Admite-se origem em células gliais subependimárias ou seus precursores.
Clínica: Geralmente são pequenos, achados de exames de imagem ou autópsia. Só raramente são suficientemente volumosos para causar manifestações neurológicas. Ocorrem com maior freqüência em adultos, com distribuição etária mais ou menos uniforme a partir da 3ª década. Há preferência pelo sexo masculino (2,3 : 1). A topografia preferencial é nos ventrículos laterais (na proximidade do núcleo caudado), e no assoalho do IVº ventrículo.
Imagem: A maioria ocorre como pequenas massas fixas à parede do ventrículo lateral próximo ao forâmen de Monro. Têm iso ou hipossinal em T1, hipersinal em T2 e FLAIR. Caracteristicamente, não se impregnam por contraste, ao contrário de outros tumores da região (como o neurocitoma central, ependimomas, tumores do plexo coróide, e o astrocitoma subependimário de células gigantes da esclerose tuberosa).
Macroscopia: São firmemente aderidos à superfície ventricular no ponto de origem e podem estabelecer aderências secundárias à medida que crescem. São sólidos, bem delimitados, consistência firme a macia, mas podem se tornar císticos ou multicísticos e apresentar áreas de calcificação. Geralmente não excedem 1-2 cm de diâmetro.
Microscopia: São paucicelulares e altamente fibrilares. As células parecem mais astrocitárias que ependimárias. Pode haver microcistos contendo material basófilo. Vasos são freqüentemente hialinizados e associados a macrófagos contendo grânulos de hemossiderina. Os exemplos em IVº ventrículo costumam ter arquitetura mais próxima da dos ependimomas, geralmente sem microcistos (mais comuns nos subependimomas de ventrículo lateral). Quanto ao diagnóstico diferencial, ependimomas são mais comuns em crianças, são mais celulares que os subependimomas, contêm pseudorrosetas perivasculares e, às vezes, rosetas ependimárias verdadeiras.
Imunohistoquímica: Há positividade difusa e intensa para GFAP, vimentina e proteína S-100. Marcação por Ki-67 é muito baixa (0,3 % em um estudo).
Prognóstico: Excelente, mesmo em tumores incompletamente ressecados, que é mais comumente o caso nos de IVº ventrículo. Os de ventrículos laterais geralmente permitem excisão completa. Não se recomenda radioterapia, em vista do lento crescimento. Casos com feições mistas de ependimoma e subependimoma devem ser graduados de acordo como ependimomas (graus II a III da OMS).

Fonte: http://www.fcm.unicamp.br/deptos/anatomia/nptsubependimoma1b.html#texto

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