domingo, 1 de novembro de 2009

Glioblastoma Multiforme

Corresponde a astrocitoma difuso com máximo grau de malignidade. A localização e incidência etária são as mesmas dos astrocitomas difusos de baixo grau. Um glioblastoma pode originar-se através de malignização de um astrocitoma difuso pré-existente ou já se iniciar como tumor de alto grau.
O glioblastoma apresenta-se como massa expansiva mal delimitada na substância branca de um hemisfério cerebral. Necrose é muito comum e pode envolver a maior parte do tumor. Pode haver formação de cistos e/ou hemorragia. Há comumente edema peritumoral e desvio da linha média, com hérnias. Em alguns casos o tumor infiltra o corpo caloso, passando ao hemisfério contralateral (tumor em asa de borboleta).
São critérios fundamentais para o diagnóstico:
1) Atipias celulares
As células nos glioblastomas são astrócitos em graus variados de diferenciação. Os menos diferenciados são pequenos, com citoplasma escasso e poucos prologamentos curtos. Alguns têm dois prolongamentos bipolares, lembrando os glioblastos, células embrionárias do tubo neural que dão origem aos astrócitos e outras células gliais. Além disso, pode haver células dos mais variados tamanhos e formas, inclusive células gigantes multinucleadas.
2) Mitoses são facilmente observadas
Algumas são atípicas (tripolares, tetrapolares, desalinhamento de cromossomos na placa metafásica, etc).
3) Proliferação vascular
Constitui uma feição extremamente importante do glioblastoma. Há aumento do número de capilares, tanto no tumor como no tecido nervoso em volta. São capilares proeminentes, cujo aspecto pode lembrar glomérulos renais, sendo por isto denominados pseudo-glomérulos. As células endoteliais destes capilares são numerosas e com núcleos tumefeitos. É muito comum trombose nestes vasos anômalos, que é responsável em parte pela necrose (abaixo). Esta proliferação é atribuída à secreção pelas células neoplásicas de fatores de crescimento que atuam sobre o endotélio (fatores angioproliferativos). Estes, aumentando o número de vasos, favorecem a irrigação e, portanto, o crescimento do tumor. Por isto, proliferação vascular é sinal de alta malignidade.
4) Necrose coagulativa
Pode ser extensa a ponto de envolver quase todo o tumor. Há áreas necróticas menores, de contornos geográficos, em cuja periferia as células neoplásicas estão concentradas e dispostas em paliçada. A isto denomina-se necrose em pseudo-paliçada.
A estes elementos, é importante acrescentar a capacidade infiltrativa das células tumorais, própria dos astrocitomas difusos de qualquer grau. O tumor é mal delimitado e as células neoplásicas se misturam com as normais. Isto é importante para diferenciar o glioblastoma de metástases, que são quase sempre bem delimitadas.
Na periferia do glioblastoma as células neoplásicas podem concentrar-se em volta de neurônios, ou podem avançar pela leptomeninge, entrando no tecido nervoso pelos espaços de Virchow-Robin. Numa biópsia cerebral que não tenha atingido o tumor, o diagnóstico pode ser possível pela observação de células neoplásicas em torno de pequenos vasos corticais.
O glioblastoma é um tumor muito grave, de crescimento rápido. A história clínica é de poucos meses. O quadro caraceriza-se por:
1) Síndrome de hipertensão intracraniana (cefaléia, vômitos em jato, edema de papila);
2) Sinais de localização conforme a área atingida (hemiparesias, parestesias, afasias, hemianopsia).
3) Crises convulsivas em paciente adulto não epiléptico devem sempre levantar suspeita de tumor intracraniano.
O tratamento é cirúrgico e visa a retirada da maior quantidade possível de tumor para descomprimir o cérebro e aliviar a hipertensão intracraniana. É quase sempre impossível a retirada total, devido à má delimitação e às graves seqüelas da ablação de áreas funcionantes. Tratamentos com o quimioterápico Temodal , associado à radioterapia + CPT11 + AVASTIN tem conseguido estabilizar a doença em muitos casos.
Relação entre astrocitomas e glioblastomas:
Os glioblastomas são astrocitomas difusos de alto grau de malignidade. No mesmo tumor é comum haver áreas de astrocitoma bem diferenciado que fazem transição para glioblastoma. Geralmente as áreas mais malignas estão na profundidade. Também é comum que um astrocitoma de hemisfério cerebral evolua no decorrer do tempo para um glioblastoma, por aparecimento de clones de células menos diferenciadas.
A principal limitação da graduação é a variabilidade de um tumor em áreas distintas. Uma amostra classificada como grau II não afasta a possibilidade de grau III ou IV em outras áreas. Por isto é essencial ampla amostragem do material enviado para exame anátomo-patológico, e se possível, exame de todo o material. Também é essencial que todo o material seja enviado para um só laboratório. Partes de um mesmo tumor enviados a patologistas diferentes podem levar a resultados discordantes, devido à variabilidade intrínseca da neoplasia.
Comunidade "Glioblastoma Multiforme" no ORKUT: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=534978

2 comentários:

  1. LIdionete,

    Obrigado pelo teus esclarecimentos. Rezaremos sempre pelo teu menino.

    juarez e familia

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  2. Mais informações sobre o uso de álcool perílico (tratamento auxiliar com método criado, por médico doutor neurocirurgião, para tumor cerebral), podem me contatar pelo e-mail berodriguess@yahoo.com.br. ATENÇÃO: Muiiiiitos médicos, em regra, só querem seguir a tradicional medicina, com quimio e radio. Caso seja um tumor cerebral GBM, nível IV, por ex,. NÃO ADIANTA DE NADA ESTES DOIS TRATAMENTOS. Procure saber sobre o álcool perílico (sim, o médico falará que isto não tem nada comprovado. Como disseram para minha mãe) e, após contato com o dr. Clóvis do vídeo abaixo, tente fazer o tratamento com álcool perílico. Sim, vc pode continuar a fazer radio ou químio, MAS TRATA TAMBÉM COM ÁLCOOL PERÍLICO. PARA SEU SISTEMA IMUNOLÓGICO MELHORAR, FAÇA AUTOHEMOTERAPIA 20ML POR SEMANA E PROCURE SABER SOBRE A OZONIOTERAPIA. http://www.fundec.org.br/portfolios/pagina/3/PESQUISA-DO-ALCOOL-PERILICO
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